Por Sofia Guimarães
Preto e branco. Escuro e claro. Essas oposições são características do gênero noir. A tragédia, a traição, o crime devem ficar nas sombras, por isso a fotografia do filme noir prioriza a penumbra. O protagonista desse gênero fílmico, um anti-herói, é, em geral, alguém que está dentro de um conflito psicológico, entre o Bem e o Mal. Ele se arrepende de algo, busca livrar-se dessa culpa, mas acaba afundando cada vez mais no seu erro.
O meio urbano serve como cenário, local de violência onde se desenvolve a trama. A história é narrada pelo protagonista que conta, com resignação ou cinismo, o que lhe aconteceu. Por esse motivo, o “flashback” é muito comum nesse gênero. Uma figura importante do filme noir é a “femme fatale”, uma mulher linda e sedutora, porém muito perigosa, que pode destruir o destino do protagonista.
O gênero teve seu auge entre as décadas de 40 e 50, quando surgiu como uma ramificação dos filmes de gângsters e acabou substituindo este gênero. Apesar de sua rápida passagem pela história cinematográfica, e mesmo não havendo muitas produções do gênero, ele serve até hoje como uma tendência, influenciando produções de outros gêneros com certas características que eram próprias do filme noir. Entre os filmes mais importantes do gênero estão: “Relíquia Macabra” (1941), “Pacto de Sangue” (1944), “À Beira do Abismo” (1946), “Crepúsculo dos Deuses” (1950) e “A marca da Maldade” (1958). “Sin City – A Cidade do Pecado”, de 2005, é um bom exemplo de filme recente com influência noir.
