Por Sofia Guimarães

Poderíamos dizer que esse é um dos gêneros mais polêmicos historicamente no que diz respeito à sua temática. Surgiu como um retrato colonialista da supremacia dos americanos sobre os índios da região. Em um momento de expansão da civilização americana, esses filmes serviram como afirmação de identidade. Há, nesse gênero fílmico, algumas oposições fundamentais, entre civilização e selvageria, lei e bandidagem, cidade e campo. São dois polos opostos representados de um lado pelos cowboys, os protagonistas, e do outro lado pelos indígenas.
O western é um gênero bastante marcado. Quando se ouve falar de filme western, ou faroeste, logo vem à mente uma série de elementos. Forma-se logo a imagem de um duelo de armas, em uma avenida central – a única de toda a cidade -, entre dois cowboys, e para complementar o cenário, há um “saloon” no meio dessa avenida principal. É o famoso filme de bang-bang, em que a trama principal contém como ápice um duelo ou batalha envolvendo cowboys e índios.
Desde a década de 60, essa posição claramente colonialista foi repensada e a veracidade histórica sobre os índios americanos começou a ser mais respeitada. E, apesar de parecer um gênero fechado em função de sua iconografia, há exemplos de western com abordagens bastante diversas.
Esse gênero decaiu bastante, entretanto, foi um dos que teve maior sucesso em suas épocas áureas e continua sendo relembrado vez ou outra. Vejamos alguns exemplos de filmes western: “No Tempo das Diligências” (1939), “Matar ou Morrer” (1952), “Onde Começa o Inferno” (1959), “O Homem que Matou o Facínora” (1962), “Meu Ódio Será sua Herança” (1969) e, mais recentemente, ” Bravura Indômita” (2011).