Por Flávia Robles
Visualize esta cena: uma mulher está andando sozinha por uma viela, vemos seu rosto amedrontado e, ao mesmo tempo, ouvimos o seu caminhar acelerado, o toc-toc do salto do sapato no asfalto. Ela para, o silêncio é total, e, de repente, escutamos um barulho de uma lata de lixo caindo. Os espectadores, assim como a personagem, assustam. Agora pense nesta mesma cena sem os sons. O efeito de suspense e tensão seria bem menor.
Além disso, as músicas nos filmes nos fazem desconfiar que algo ruim pode acontecer a qualquer momento e podem aumentar a carga dramática de uma trama, levando a audiência às lágrimas, por exemplo. As imagens de um filme, obviamente, são fundamentais, mas nos dias atuais, o que seria dos filmes sem o som?
O responsável pela tarefa de incluir o som na versão final do filme é o editor. Entretanto, o trabalho com o som começa no set de filmagem, onde um microfonista e um técnico de som capturam as falas e outros ruídos de cena. Esses sons serão incluídos no filme pelo editor, que, além desses sons diretos, pode buscar outros barulhos em um banco de sons digital ou, até mesmo, produzir os sons num estúdio.
Com tudo já selecionado, efeitos e trilha sonora, é feita a mixagem. Nesta etapa, o editor trabalha com o volume e a intensidade dos sons, além da forma como ele será distribuído pelas caixas de som nos cinemas no momento da reprodução da obra fílmica. Para finalizar, o editor deve conjugar imagem com falas, efeitos sonoros e música, transferindo tudo para o negativo original do filme. Então, de agora em diante quando for ao cinema para assistir a um filme, abra bem os ouvidos!
