O encerramento da 16ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que aconteceu em Recife entre os dias 26 de abril e 2 de maio, brindou principalmente produções cuja poesia partia de detalhes cotidianos, muitos deles abrilhantados pela presença de personagens infantis.
O curta-metragem “Até à vista”, do diretor Jorge Furtado, já conhecido no circuito de festivais, e com a participação de Dira Paes levou quatro prêmios, entre eles o mais importante da categoria: Melhor Filme – Júri Oficial. A montagem de 18 minutos narra a busca de um diretor pelo tema de seu primeiro longa-metragem. A saga acaba levando-o a uma inusitada viagem, da Argentina a Belém do Pará. Mas quem também levou para casa quatro troféus Calunga foi a paulista Thaís Fujinaga, com o delicado e poético “L”.
O curta, também já bastante premiado, conta a história de Teté, uma garota de 11 anos que odeia seus pés, mas acaba aprendendo mais sobre si mesma ao observar o outro, neste caso, um intrometido chinesinho de cabelos encaracolados que faz questão de entrar em sua vida. “L” conquistou as categorias Direção, Direção de Arte, Fotografia e a pequena Sofia Ferreira, de 11 anos, levou ainda o prêmio de Melhor Atriz.
O Cine PE teve 25 mil pessoas durante seus seis dias de competição, com destaque para sessões lotadas de Boca e À Beira do Caminho. Os números são o somatório do público que conferiu as mostras competitivas e mostras paralelas (mostrinha, itinerante, mostra Pernambuco, mostra especial e a dos filmes moçambicanos) no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda e na Universidade Católica de Pernambuco.