A introdução da edição não-linear com computadores no início dos anos 90 foi revolucionária. Para entender por que a edição não-linear com um sistema como o da Avid é tão poderosa e eficiente, primeiro devemos entender as diferenças entre a edição linear e a não-linear.
A edição linear significa que um projeto é editado e montado de maneira linear, do início ao fim e é mais comum quando se trabalha com uma fita de vídeo. A fita de vídeo, diferente da película, não pode ser fisicamente cortada em pedaços e unida de um outro modo. Em vez disso, o editor precisa copiar ou gravar cada trecho de vídeo desejado em uma fita master (mestre).
Digamos que você tenha três fitas de fontes, rotuladas como A, B e C. Na edição linear, o editor decide qual material-fonte irá utilizar primeiro e qual irá utilizar depois.
![]() ©iStockphoto.com A edição linear requer o corte e a junção da fita |
Neste exemplo, digamos que ele quer utilizar primeiro o material da fita C, depois o da fita B e depois o da fita A. Ele começa posicionando a fita C no início do trecho que deseja usar. Então, ele reproduz a fita C enquanto grava simultaneamente o trecho em uma fita master. Quando o trecho desejado da fita C estiver pronto, ele pára a gravação. Depois, ele precisa fazer o mesmo com os trechos das fitas B e A.
No entanto, na edição não-linear, o editor possui a habilidade de editar qualquer segmento do projeto na ordem que quiser. Ele pode cortar, copiar e colar trechos de uma parte do projeto em outra, assim como você pode cortar, copiar e colar um texto com um software de processamento de textos.
Curiosamente, a edição tradicional de filmes sempre foi não-linear. O produtor do filme podia cortar o filme em pedaços e juntá-los na ordem desejada. Porém, esse processo de cortar e juntar era dolorosamente lento, bastante limitado nas transições e nos efeitos e dava muita margem a erros.
A edição não-linear moderna é completamente digital. O material-fonte em vídeo ou filme é digitalizado em arquivos de mídia que ficam guardados em um disco rígido. Utilizando um software de edição de vídeo como o Avid Media Composer, ou produtos similares como o Final Cut Pro e o Adobe Premiere, os arquivos-fontes podem ser organizados em trechos que são colados em uma linha de tempo. Usando a linha de tempo, um editor pode reduzir os trechos para quadros únicos, acrescentar transições, adicionar e editar o áudio, aplicar efeitos, e então, exportar o filme de volta para uma fita, um DVD, uma película ou para a Internet.
As principais vantagens da edição em um sistema não-linear como o da Avid são a agilidade e a flexibilidade. O diretor pode mudar de idéia uma centena de vezes e o editor detém o poder de fazer tais modificações em tempo real sem precisar começar tudo de novo. Na edição linear, se você decidisse substituir um trecho por um novo, você precisaria copiar por cima do trecho existente e torcer para que ambos os trechos tivessem a mesma duração. Se o novo trecho fosse muito curto, o final do trecho antigo ainda ficaria gravado na fita master. Se fosse muito longo, ele passaria por cima da próxima cena. O resultado de se gravar cópia sobre cópia era a degradação da qualidade da imagem.
Há muito tempo, a Avid é considerada como o padrão da indústria para a edição de vídeo digital profissional. Leia a próxima página para saber mais sobre os diferentes componentes de um sistema Avid e como eles funcionam juntos para tornar o processo de edição não somente mais veloz, mas também mais criativo.