por Fabricio Duque
O diretor Quentin Tarantino nasceu em 27 de março de 1963. Com seus 48 anos, alcançou o sucesso de forma rápida no início da década de 1990. Ele trouxe novidade ao padrão de filmes americanos. Os seus roteiros não são lineares e exagera no uso da violência. Tarantino é o mais famoso dos jovens diretores por trás da revolução de filmes independentes dos anos 90, tornando-se conhecido pela sua verborragia, seu conhecimento enciclopédico de filmes, tanto populares, quanto os considerados “cinema de arte”. Seus pais são descendentes de italianos, irlandeses e de índios. Em 1971, ele e sua família foram para Los Angeles. Lá, começou a trabalhar como balconista, e escreveu o seu primeiro roteiro aos 22 anos. Seus primeiros roteiros vendidos, “Amor à Queima Roupa” e “Assassinos por Natureza”, fizeram com que ele saísse do anonimato. Tarantino foi incentivado a dirigir um filme. Foi por causa da conversa com Lawrence Bender que o seu primeiro longa-metragem aconteceu. O filme “Cães de Aluguel”, de 1992, que obteve um sucesso arrebatador tanto no gênero Cult quanto gênero comercial. O filme é extremamente estiloso e violento, características que definiram o tom de seus filmes seguintes. Tarantino foi abordado por Hollywood e recebeu inúmeras propostas para dirigir vários projetos, incluindo “Velocidade Máxima” e “MIB – Homens de Preto”. Ele não aceitou e se recolheu em Amsterdã para que pudesse trabalhar no roteiro do filme “Pulp Fiction – Tempo de Violência”, longa-metragem que venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1994, disputando com “Sexo Mentiras e Videotipes”, de Steven Soderbergh. O cineasta imprime em suas obras um roteiro complexo, personagens verborrágicos, tendo a história dividida em atos e recheada de referências pop. Não podemos esquecer dos constantes espirros de sangue que atingem a tela da câmera. Tarantino foi o responsável por reacender a carreira de John Travolta. Participou como ator do filme “Um Drink no Inferno”, de Robert Rodrigues, o início de uma grande parceria.
O filme seguinte de Tarantino foi “Jackie Brown”, 1997, uma homenagem ao gênero “blaxploitation”, que é um movimento cinematográfico em que eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os negros norte-americanos. Em seguida, decidiu produzir o filme “Bastardos Inglórios”, porém resolveu esperar para que ele colocasse em prática o projeto “Kill Bill”, lançado em duas partes, escalou a atriz Uma Thurman, que já tinha trabalhado com ele em “Tempo de Violência”, e que tem como temática a vingança. Foi filmado com influência filmes chineses de artes marciais, filmes japoneses, filmes de faroeste e filmes de terror italiano. Em 2004, Tarantino voltou a Cannes no papel de presidente do júri. Kill Bill não estava concorrendo, mas foi exibido na noite de encerramento, na sua versão original, com mais de três horas de duração. O vencedor de Melhor Filme foi Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, mesmo com a insistência de Tarantino de que o prêmio deveria ir para o filme Oldboy. Em 2005, o cineasta anunciou outro projeto chamado “Grind House”, divididos em dois filmes “Prova de Morte”, por Tarantino e “Planeta Terror” por Robert Rodriguez. Tarantino é conhecido por gostar de cereais matinais, que aparecem constantemente em seus filmes, por ter fixação em pés femininos e por utilizar câmeras em lugares inusitados, como o interior do porta-mala de um carro. Seu último filme foi “Bastardos Inglórios” uma comédia crítica e debochada, estrelado por Brad Pitt, conta a história de dois planos para assassinar os líderes políticos da Alemanha nazista, um planejado por uma jovem francesa judia proprietária de cinema, e o outro por um grupo de soldados judeus aliados liderados por um tenente. Um sucesso de bilheteria, incluindo indicações aos principais festivais de cinema.