por P.A. Nogueira
Olá pessoal. Hoje vou falar sobre a função do audiovisual que particularmente mais gosto, e também uma das mais peculiares. O Platô (em francês plateau, em inglês set manager), que também pode ser produtor ou coordenador de ser. Essa é uma função extremamente intrincada. Ela não envolve a parte contábil, mas é extremamente estrutural e de recursos humanos. Aliás, muitas vezes o platô é tido como desumano, mas não é.É nele que se concentram todos os horários do set, a entrada e a saída das equipes, elenco, a montagem, a preparação e a condução do set. É o platô que chega primeiro, é ele quem acompanha o eletricista ou o gaffer para alojar o equipamento bruto, bem como é ele quem aloca os produtores, figurinistas, maquiadores, define a área para alimentação e necessidades pessoais, sinaliza e põe tudo em seus devidos lugares além de cuidar para que todo o lixo e uma possível desordem sejam resolvidos.
Fora tudo isso é ele também o responsável pelo comportamento das pessoas, atuando quase como um capataz, e por isso é fundamental que ele esteja também apto a desempenhar desde as funções mais brutas como maquinaria e elétrica, como dar suporte para a produção. Isso requer acima de qualquer coisa muita atenção, concentração, e experiência, razão pela qual não existem muitos platôs e tampouco são tão jovens. É claro essa explicação é bem sucinta, mas acredito que é possível entender essa função e a pressão que permeia seu exercício.