Mixagem de áudio em cinema e home theater – Parte 1

Por Paulo Roberto Elias

Envolve técnica e percepção das intenções do diretor – e determina a beleza da apresentação de cinema num home theater bem instalado.

Mixagem é o termo usado pelos estúdios de gravação, para os métodos de mistura de vários canais de áudio, contendo elementos das capturas de voz e instrumentos, para um número de canais fixo, de um determinado formato. Na prática, significa reduzir 8, 16, 32 e até em alguns casos, 64 canais, para 1, 2, 5, 6, 7, ou 8 canais.

A mixagem de áudio em cinema, semelhante àquela usada em formatos para home theater, é um processo complexo, e que exige um estúdio especializado. Geralmente, este estúdio é montado em separado dos demais estúdios de gravação, com equipamento desenhado para este tipo de trabalho. Em estúdios de maior porte, a mixagem é feita em uma sala de cinema completa, montada para este fim.

Em qualquer hipótese, a mixagem exige pessoal técnico especializado. Quando bem feita, ela envolve o espectador na atmosfera desejada pelo diretor do filme. Por isso, ela costuma ser planejada por um designer, que faz anotações no roteiro, junto com o diretor, de como a mistura dos sons deve ser conduzida. Atualmente, todo o processo é executado por software, e o resultado gravado num formato digital, do qual todas as trilhas são derivadas.

Métodos básicos de mixagem

Idealmente, o engenheiro de mixagem deveria ser o mesmo que fez a gravação propriamente dita. Mas, enquanto isso pode (e deve) funcionar muito bem em um estúdio de gravação de trilhas sonoras (parte musical, exclusivamente), em um estúdio de cinema, o trabalho pode ser entregue a terceiros, que seguirão um roteiro pré-estabelecido.

Com o advento do uso de computadores e programas especificamente desenhados para esta finalidade, a mixagem envolve não só o posicionamento dos sons pelos diversos canais (por exemplo, 5.1), como também o ajuste do sincronismo labial entre o som dos diálogos e a articulação dos atores nas cenas. Hoje em dia, é possível fazer ajustes de alta precisão no sincronismo labial, inclusive de trilhas em processo de dublagem. Qualquer rompimento do sincronismo labial obtido do estúdio, se acontecer, certamente é devido à cadeia de reprodução para a qual determinada mídia é submetida, e por isso não é incomum equipamentos de leitura serem equipados com ajustes de sincronismo, para o momento da reprodução.

Embora a mixagem seja uma tarefa para lá de complexa, ela consiste na realidade em posicionar sons em lugares específicos do espaço. Para fazer isso, é preciso tomar como base o formato para a qual ela se destina.

Marcelo Macaue

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