por História do Cinema Brasileiro
Nascido no Piauí e radicado no Rio de Janeiro, Miguel Borges, antes de começar a fazer cinema, iniciou carreira jornalística no jornal O Metropolitano. Também escreveu para a Tribuna da Imprensa, o Jornal do Comércio e Última Hora.
Ao dirigir um dos episódios (Zé da Cachorra) de Cinco Vezes Favela, em 1962, tornou-se um dos precursores do Cinema Novo. Desde o seu primeiro longa, Canalha em Crise (1963), caracterizou-se pela brasilidade temática, que se faz presente tanto nos filmes regionais como nos urbanos. Maria Bonita, Rainha do Cangaço (1968) pertence à galeria dos filmes feitos durante a retomada do gênero na década de 60, após o sucesso de O Cangaceiro (1953), o clássico de Lima Barreto.
Um dos mais significativos cineastas do moderno cinema brasileiro, Miguel Borges, foi agraciado com o Prêmio Tributo do 18º Festnatal de Cinema e Vídeo de Natal, recebendo o Troféu na Cerimônia de Encerramento do Festival.
Miguel Borges assistiu o nascimento do Festnatal em 1987 e escreveu sobre o evento em sua coluna do Última Hora. Desde então, tem sido um valioso e permanente defensor do festival natalense que, em sua opinião, apesar das limitações orçamentárias, destaca-se por uma programação independente e pela permanente valorização dos grandes vultos de nossa cinematografia do passado.
Pelo seu trabalho de cineasta, Miguel Borges teve sua biografia publicada em livro, Miguel Borges: um lobisomem sai da sombra, escrita pelo pesquisador Antônio Leão da Silva, recém-lançada pela Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
1968 : Maria Bonita, Rainha do Cangaço
1963 : Canalha em Crise
1962 : Cinco Vezes Favela (Episódio: (Zé da Cachorra)