CINEMA DA FOME
Em 1964 o cinema novo é surpreendido pelo golpe militar. Com isso 3 filmes são atingidos em fases diferentes de produção: “Deus e o Diabo na terra do sol”, que fora escolhido para representar o Brasil no Festival de Cannes, “Maioria Absoluta”, rodado e montado faltando apenas a finalização e “Integração Racial”, apenas rodado.
Em 1965 Glauber Rocha lança seu livro ”Uma estética da fome” que propõe uma reflexão sobre o Brasil colônia, país subdesenvolvido, dominado pela fome. As características da realidade brasileira de pobreza, injustiça social e alienação eram discutidas pelo cinema novo como sendo “ o nervo de sua própria sociedade” (Rocha,1981)
Após o golpe militar de 64, o cinema novo fica quase um ano sem atividades. Apesar desse momento crítico e de desarticulação dos grupos essa fase passa ser de grande criação, se apresentando com novos caminhos para os cineastas, cada qual discutindo, a seu modo, aspectos do cinema novo.
O filme de curta metragem “Maioria Absoluta” (1964), de Leon Hirszman (foto). Filme documentário, levando a idéia do cinema verdade, vem para denunciar o analfabetismo dominante no país.
Esse filme só foi liberado pela censura em 1980, se tornando talvez o primeiro filme cinemanovista não exibido no Brasil por causa da censura militar.
Por Macaue
Maioria Absoluta (1964) – Leon Hirszman. Parte I
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Maioria Absoluta (1964) – Leon Hirszman. Parte I
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