por Wikipedia
Início de tudo
Lars von Trier nasceu em 1956, na cidade de Copenhague na Dinamarca, em uma família de intelectuais em que, segundo ele, apenas a religião e as emoções eram proibidas. Viveu uma infância nada convencional, no qual sua mãe permitia que ele se expressasse com livre arbítrio em todas as decisões que lhe aparecessem, decidindo até mesmo se queria ir ao colégio, ou fazer seus deveres. Trier afirma que essa característica de criação sempre lhe pareceu bastante vantajosa, entretanto, lhe trouxe uma eterna sensação de ansiedade e necessidade de controlar tudo o que ocorre a sua volta.
Com aproximadamente 10 anos de idade, Trier começou a se interessar pelo cinema ao ter contato com uma câmera super 8mm que sua mãe possuía. Nela, criou inúmeras curtas amadores onde retratava o mundo a sua volta, experimentando e inventando suas próprias técnicas.
Nos anos 70, dentro de um grupo de diretores de cinema amadores, Trier elaborou dois curtas independentes: “The Orchid Gardener” e “Menthe – la bienheureuse”. Porém, foi anos mais tarde, com sua entrada na Escola Dinamarquesa de Cinema, que o diretor pode de fato explorar tudo o que o cinema da época oferecia. Lá, seu fascínio pelos equipamentos pode ser bastante explorado e expresso em filmes que o destacaram dentro das produções acadêmicas. Quanto a esse período, Trier afirma (2005, p.32) que não aceitava com facilidade as regras e convenções que lhe eram impostas, entrando em atrito constantemente com a maioria de seus professores.
Os principais produtos lançados por Trier nesse período foram os filmes de curta metragem “Nocturne” (1980) e “Liberation Pictures” (1982) que, de acordo com ele (2005, p.36) são exemplos das experimentações técnicas que ele buscava na época.
Segundo Dubois (2004, p.149), Trier apresenta um cinema “Maneirista” ou “Pós Moderno”, que sente a necessidade de se reinventar, pois teria se iniciado após o estabelecimento e domínio das técnicas e linguagens do cinema.