Por Marcos Oliveira
Pode ser uma corrida com carros feitos de massa de modelar ou uma dança de bonecos de papel. Usada tanto no cinema quanto na publicidade, a técnica do Stop Motion (ou Stop Action) é fruto das experiências do mágico e ilusionista francês Georges Méliès (1861-1938), no século passado. Stop Motion, em tradução livre, quer dizer “movimento parado”. Na prática, um modelo estático (que pode ser uma pessoa, uma marionete ou um objeto qualquer) é fotografado repetidamente, mas com pequenas mudanças de posição. Cada uma destas fotografias funciona como um “quadro”, chamado fotograma ou frame. Colocados em sequência, estes frames criam a ilusão de movimento.
Em 1902, Méliès alcançou notoriedade internacional ao lançar o filme “Viagem à Lua” (“Le Voyage dans la Lune”), onde apresenta a técnica do Stop Motion na antológica cena de um foguete espacial “furando o olho” da Lua na aterrissagem. Na verdade, o Stop Motion é uma ilusão de ótica, que só é possível por causa de um fenômeno chamado Persistência Retiniana, um atraso dos impulsos de luz enviados ao cérebro pela retina quando algum objeto se move a mais de 12 quadros por segundo. Uma váriavel é usar 24 frames por segundo para gerar maior dinâmica ao movimento.
Mesmo com toda tecnologia disponível nos dias atuais, a técnica do Stop Motion continua fascinando adultos e crianças a cada novo filme lançado.